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Classificação Toxicológica: por que ela é tão importante?

Os defensivos agrícolas são ferramentas indispensáveis para a agricultura, pois têm papel fundamental na proteção contra ataques de pragas consideradas nocivos à lavoura. Estes produtos podem ser químicos e biológicos e, em países como o Brasil, o seu uso é extremamente necessário. Uma das principais razões se dá pelo fato de ser um país tropical, onde as temperaturas relativamente altas predominam em boa parte do país ao longo de todo o ano – o que proporciona um ambiente propício para a infestação de pragas.

Os defensivos possuem uma classificação toxicológica para orientar o produtor sobre os cuidados necessários no momento do manuseio e aplicação desses produtos. Recentemente, um novo marco regulatório foi publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na qual um dos objetivos foi tornar mais claros os critérios de avaliação e de classificação toxicológica destes produtos no país, adotando critérios utilizados pelos principais países do mundo, como Estados Unidos e União Europeia.

Esta classificação é determinada com base em estudos de toxicidade aguda oral, cutânea e inalatória. Os resultados desses estudos classificam os defensivos nas Categorias de 1 a 5 ou Não Classificado, conforme o seu nível de toxicidade. De acordo com as categorias, os defensivos recebem faixas de identificação nas cores vermelho, amarelo, azul ou verde, sendo assim estabelecidos: Categoria 1: Produto Extremamente Tóxico – faixa vermelha; Categoria 2: Produto Altamente Tóxico – faixa vermelha; Categoria 3: Produto Moderadamente Tóxico – faixa amarela; Categoria 4: Produto Pouco Tóxico – faixa azul; Categoria 5: Produto Improvável de Causar Dano Agudo – faixa azul; e Não Classificado – Produto Não Classificado – faixa verde.

Dependendo da categoria do produto, deverá constar em sua rotulagem determinadas frases de perigo, pictogramas (imagens) e palavras de advertência que facilitam a identificação dos perigos à saúde humana. Ainda, com base nos resultados de outros estudos toxicológicos que são exigidos para o registro de um defensivo agrícola no Brasil, pode haver a inclusão de informações adicionais para comunicação de possíveis perigos.

Head of Human Safety LATAM da Syngenta, Rogério Rodrigues, vê as mudanças de forma positiva, pois, por meio desse novo marco regulatório, o Brasil passa a adotar os parâmetros do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals – GHS). “Agora vemos uma harmonização mundial, que é o que há de mais moderno em termos de classificação. Isso é muito positivo, pois antes era seguido apenas o padrão determinado pela Anvisa e só o Brasil fazia dessa forma. Agora, seguindo parâmetros internacionais, usados nos Estados Unidos, União Europeia, entre outros, a comunicação fica mais clara”, avalia.

A equipe de segurança de produtos da Syngenta ressalta que, com esta nova legislação e com a determinação de mudanças nessa classificação, ficaram ainda mais evidentes quais os pontos de atenção de um determinado defensivo. Ou seja, além de informar sobre a toxicidade, os rótulos e bulas agora devem trazer frases de alerta e mais detalhes a respeito dos perigos e de como o agricultor deve se proteger, ressaltando para a importância do uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e de como manusear o produto de maneira correta.

“O marco regulatório determina também uma mudança quanto à comunicação do perigo na rotulagem, tentando alertar de forma mais clara sobre os possíveis perigos de cada formulação, e fornecendo informações importantes ao agricultor para que ele esteja ciente dos perigos ao qual pode estar exposto durante o manuseio, e tome os cuidados necessários”, observa a Human Safety Coordinator da Syngenta, Marina Sales. “Nossa principal orientação para o agricultor é que ele leia atentamente as informações descritas nos rótulos e bulas e siga as orientações, uma vez que elas foram elaboradas para garantir a sua própria segurança”, completa a Human Safety Coordinator da Syngenta, Carolina Vaccari.

Fonte: Portal Syngenta