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Como escolher o multissítio mais adequado para soja?

Proteger a lavoura de soja do ataque de fungos está entre as principais preocupações do produtor. E o investimento em fungicidas que auxiliem no controle das doenças é uma solução acertada. No entanto, é preciso estar atento para escolher o produto mais adequado para obter os melhores resultados.

Os fungicidas são classificados, de acordo com o espectro de ação,  em sítio-específico ou multissítios. Os de sítio específicos são ativos contra um único ponto da via metabólica patógeno ou contra uma única enzima ou proteína necessária para o fungo.

Devido a sua ação específica, os fungos têm maior facilidade em se tornarem resistentes já que uma única mutação no patógeno pode reduzir a sensibilidade àquele Ingrediente ativo.

É neste momento que a ação de um multissítio é imprescindível. Fungicidas multissítios afetam diferentes pontos metabólicos do fungo, desempenhando um papel importante no manejo antirresistência. A exemplo de Bravonil, da Syngenta, o produtor pode associar o uso de um fungicida de sítio único a um multissítio e potencializar os resultados no controle de doenças que incidem na lavoura.

“Em todas as culturas em que a resistência se fez presente, o multissítio se tornou uma das principais ferramentas para o seu manejo”, afirma o professor Carlos Forcelini, autor do “Manual de fungicidas: guia para o controle químico de doenças de plantas”.

O que levar em conta na hora de escolher um multissítio

Um dos aspectos que devem ser levados em consideração na hora de escolher a solução para agir contra as doenças da soja é a aderência do fungicida. “Ele tem uma persistência boa em relação às chuvas. Uma vez que é aplicado, depois de três ou quatro horas, ele persiste muito bem e a gente pode demonstrar isso no trabalho onde nós conduzimos aplicações isoladas de multissítios em intervalos de sete dias, de dez dias, de catorze dias e ele se destacou bem. Em comparação a outros produtos, ele teve um bom desempenho na manutenção do residual, do controle e, consequentemente, da produtividade final”, explica Forcelini sobre Bravonil.

Por se tratar de um produto que será combinado a outro fungicida no momento da aplicação, a conveniência, que gera mais uniformidade na mistura e fluidez é uma característica que torna o fungicida multissítio da Syngenta a escolha mais assertiva que o produtor pode fazer. “A formulação, de suspensão concentrada é mais fácil de fazer uma mescla com água e com os demais componentes na preparação da cauda e também facilita a aplicação. O que é um ponto importante na adoção do multissítio por parte dos técnicos e produtores”, reitera o professor.

Quando se fala em conveniência, vale ressaltar que isso também envolve e a afeta todas as partes no controle das doenças, entre elas, os equipamentos utilizados para a mistura dos produtos. O entupimento do bico do pulverizador, por exemplo, gera falha na aplicação na lavoura e não permite que o produto chegue a lavoura, gerando mais prejuízos e desperdício.

Atentar-se ao espectro de ação também é um ponto importante no momento de escolher qual será a forma de combater a doença. A lavoura pode ser infectada por mais de uma doença oriunda de mais de um fungo ao mesmo tempo. Se o espectro de ação do fungicida for alto, melhores os resultados no controle de cada uma delas.

Incidência de doenças que interferem na sanidade da soja

Um dos principais problemas enfrentados pelos sojicultores, as doenças causadas por fungos podem ser agressivas e sua incidência ocorre de forma severa, comprometendo a sanidade da lavoura.

O monitoramento é uma ferramenta importante no controle dessas ameaças e é um aliado no momento de escolher a solução para combatê-las.

De acordo com um levantamento realizado pelo Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), no primeiro trimestre de 2020, 22% do volume de agroquímicos aplicados em lavouras é representado por fungicidas, sendo a maior parte aplicados em lavouras de soja.

A necessidade do investimento em soluções que ajudam a manter a produtividade da lavoura e os bons resultados se dá pela incidência de doenças como:

  • Oídio

O Microsphaera diffusa é um parasita que ataca espécies de leguminosas e se desenvolve na parte superior da soja, atacando folhas, hastes e vagens. Presente em todas as regiões produtoras, a doença causada por ele é comum nas lavoura brasileiras desde a década de 90 e até hoje, os prejuízos de sua incidência podem causar perdas de até 40% da produção.

O ataque do oídio pode ser percebido por uma camada de cor branca ou cinza e conídios pulverulentos que cobrem parte da planta. As folhas atacadas da cultivar caem de forma prematura e o restante da estrutura fica com tons marrons e acinzentados, deixando a lavoura com aspecto de dessecada.

A infecção acontece em qualquer estádio da planta, mas é mais perceptível no início da floração.

  • Ferrugem asiática

Entre as doenças que mais causam prejuízo nas lavouras brasileiras está a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, responsável pela desfolha precoce que impede a formação completa dos grãos e, consequentemente, gera queda na produtividade da lavoura.

Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a incidência da ferrugem pode gerar perdas de até 90% da produção. A doença é comum em todas as regiões produtoras do país e sua ocorrência está relacionada ao clima, que pode favorecer o seu desenvolvimento.

Os fungos causadores de doenças podem apresentar longo período de latência na lavoura e os sintomas serem verificados apenas após o início do florescimento. Por isso prevenir-se é essencial, já que o controle se torna mais difícil quando a doença já está instalada.

  • Mancha-parda

Comum no final do ciclo da soja, a mancha-parda é causada pelo fungo Septoria glycines e pode comprometer a qualidade dos grãos e das folhas da cultivar. A doença aparece na lavoura e ataca de forma mais severa quando a soja está no estágio R5, aquele que marca o início da formação das vagens.

O ataque do fungo é percebido na planta através de pontuações marrons com um halo amarelo e causa desfolha precoce da soja. Resistente, o fungo sobrevive mesmo depois da colheita do grão e, sem o tratamento correto do solo, respeito à janela de cultivo ideal e tratamento das sementes, pode atacar a cultura plantada posteriormente.

Ameaças identificadas, hora de buscar a solução ideal

Para todas as doenças citadas, os métodos disponíveis para o produtor realizar o controle está presente em ferramentas muito pontuais. O manejo de doenças proporciona os melhores resultados, de forma estratégica e eficaz, unindo qualidade, tecnologia e inovação.

Identificando quais são as doenças a serem controladas, é o momento do produtor escolher quais serão as soluções utilizadas no manejo antirresistência a fim de manter a sanidade da lavoura e buscar um bom desenvolvimento no restante do ciclo.

É importante optar por produtos de alta performance, que combinem controle e contribuam para a produtividade.

Entre as tecnologias que contribuem cada vez mais para o desenvolvimento da cultura de soja no Brasil está Bravonil que, quando combinado com fungicidas de sítio-específico, prolonga a ação, retarda a resistência dos fungos e auxilia na manutenção da sanidade da lavoura, refletindo na qualidade do grão, na hora da colheita.

A partir da experiência e análise do uso de Bravonil, o professor Carlos Forcelini afirma a eficácia da solução da Syngenta em dois períodos cruciais do ciclo: “É um produto bastante completo, que pode ser usado nas aplicações inicias e também pode ser aplicado nos tratamentos finais, uma vez que parte dessas doenças têm um caráter de final de ciclo, ou seja, elas ressurgem na reta final da cultura da soja.”

Os resultados positivos são consequência de um conjunto de ações, onde a proteção dos cultivos ganha cada vez mais relevância, pois interfere na produtividade e rentabilidade do produtor. Deste modo, o manejo de doenças em todo o ciclo da soja é fundamental.

Bravonil possui eficiência comprovada. “A gente pode dizer que Bravonil é um produto excelente no controle de ferrugem, mas também se destaca pelo manejo das manchas foliares, como a Antracnose. Ele exerce também o controle de Oídio, diferente de alguns outros multissítios.”

Protegendo e buscando zelar pela qualidade de produção de um dos principais pilares da economia brasileira, o uso de Bravonil pode ser combinado a outros fungicidas presentes no portfólio de soluções da Syngenta.

Com cada vez mais investimento em inovação e tecnologia para ser o braço direito do produtor na lavoura, nós estamos sempre conectados com o sojicultor.

FONTE: PORTAL SYNGENTA