A fito não é um fungo, não é uma praga nem uma planta daninha, mas, mesmo assim, representa uma enorme ameaça para a produtividade das lavouras.
Na verdade, trata-se de um dano causado por certos tipos de agrotóxicos que não têm formulação seletiva, são feitos a base de óleo ou têm altas concentrações de adjuvante em sua composição. Hoje, todos os produtos têm essa substância, seja em maior ou menor escala, e ela, basicamente, tem duas funções:
1) Fazer com que a gota fique mais tempo em contato com a folha;
2) Facilitar a penetração do produto na planta.
Em casos de alta concentração, no entanto, a quantidade de energia necessária para metabolizar o produto acaba prejudicando o desenvolvimento do cultivo, causando a fito.
Daí, surge o problema…
Em certos casos, os sintomas são visíveis, com o amarelecimento das folhas e a diminuição das plantas, por exemplo. Em outros, a fito ataca ocultamente, não apresentando sintomas e impossibilitando, inclusive, a mensuração dos danos causados.
No caso da soja, por exemplo, a fito pode abortar o crescimento de algumas flores que, caso você não saiba, tornariam-se as vagens da cultura no futuro. Logo, em vez de 10, nascem 6 flores ou, em outras palavras, perde-se 40% da produção.
E como é possível evitar?
Bem, é importante deixar claro que esse problema não tem nada a ver com a aplicação. Mesmo que o manejo seja feito de forma correta, ele pode causar fito. O ideal, na realidade, é utilizar os produtos com a melhor formulação e, para isso, recomenda-se entrar em contato com um agrônomo.
FONTE: BLOG SYNGENTA