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Trio parada dura

Existem diversos tipos de percevejos, mas, nas lavouras de soja, apenas três se destacam. São eles: o marrom (Euschistus heros), o verde-pequeno (Piezodorus guildinii) e o verde (Nezara viridula). Essas três espécies se revezam, dependendo do local, do clima e do estágio de desenvolvimento da plantação, e podem causar problemas e perdas nas produções agrícolas.

Durante cada safra, os produtores podem enfrentar até três gerações dessas pragas, que começam a atividade ainda na fase vegetativa. E mesmo após a colheita, quando esses insetos não têm mais de que se alimentar, eles buscam talhões mais tardios ou abrigos, locais onde encontram o que consumir, ou se aproveitam de outras plantas hospedeiras. Daí em diante, os percevejos buscam ficar na palhada da cultura, onde se protegem de parasitoides e predadores até o próximo plantio.

O risco à produtividade acontece por causa dos modos de ação desses parasitas.  Eles se alimentam da seiva dos ramos, hastes ou vagens do vegetal, injetam toxinas e/ou inoculam fungos que provocam manchas nos grãos. Dessa forma, os grãos acabam ficando menores, enrugados, chochos e tornam-se mais escuros. Além disso, a malformação das vagens e dos grãos provoca a retenção foliar nas plantas de soja, que não amadurecem na época da colheita.

Os danos causados, no entanto, são variados e dependem do tipo e da intensidade do ataque. Segundo a professora Lucia Madalena Vivan, agrônoma e pesquisadora da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, os ataques podem resultar em perda da qualidade das sementes, facilitação da inoculação de outros fungos ou perdas no poder germinativo, que, consequentemente, geram perdas de produtividade.

Sabendo disso, você deve estar se perguntando: “Como o agricultor deve fazer para se proteger deles?”.

O processo de controle dessa praga começa com a análise de amostragens das batidas de pano. Caso encontre a presença desses percevejos, o agricultor deve entrar em contato com um agrônomo, profissional que poderá ajudá-lo a tomar qualquer decisão. De maneira geral, a principal forma de controlar esses insetos é por meio do controle biológico. Entretanto, em casos mais sérios, deve-se realizar o controle por meio de químicos de formulação seletiva que não afetem os inimigos naturais dessa praga. Dessa forma, além da atuação dos defensivos, o produtor poderá realizar o controle biológico na lavoura.

E não custa lembrar: procure sempre o auxílio de um profissional especializado.

FONTE: BLOG SYNGENTA

Trio parada dura